quinta-feira, 30 de maio de 2013



Ciaossu o/

Videl-chan recuperada e pronta para trazer novidades *----*
( Kero fofa, obrigada por lembrar de mim no seu post ^^)

Estava pensando junto com a Kero e a Juka em diversificar os nossos posts...E eis que achamos uma boa idéia trazer para o nosso público as OST de animes Yaoi.
E justamente pensei em começar com o meu favorito: Junjou Romantica !!!

Demorei um pouquinho para postar pois ando meio acabada e meio zumbi com as demandas do meu mestrado.Ontem eu estava como como o Usami-sensei na imagem abaixo...


E provavelmente no final do semestre vou estar assim como o Usami-sensei... como a figura abaixo: 

Ahhhh~ Queria ter um Misaki perto para me socorrer *-* 

Bem. Descansada e recuperada, trago sem demora os dois cds de OST de Junjou Romantica. Espero que gostem *----*
E para quem não viu ainda o anime de Junjou Romantica, eu recomendo muito !!!! \o/


Junjou Romantica – Sound Collection vol.1
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Capítulo 1 - [link 1] [link 2]perfuma importado
Capítulo 1 - [link 1] [link 2]perfuma importado
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Junjou Romantica – Sound Collection vol.2
[ link 1] [ link 2 ]

quarta-feira, 29 de maio de 2013

FANFIC DA SEMANA \O/

 Konnichiwa, Kitchan desu! ^^

Peço desculpas aos leitores do blog que, por acaso, acompanham a coluna de fanfictions, pela ausência na semana passada. Mas eu passei por um pequeno contratempo de saúde - nada sério, ainda bem - e não consegui tirar tempo para postar. Mas aqui venho eu, com a companion piece da história anterior, "Ojos Así". Ela conta sobre como, ao embarcar para seu primeiro ano em Hogwarts, Severus conhece um sorriso que ele nunca mais irá esquecer...


SECRET SMILE

Severus Snape estava sinceramente aliviado. Onze anos, e finalmente chegara a hora. A herança mágica de sua mãe, clara e fortemente manifestada, rendera frutos, e ele estava a caminho da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Iria passar um ano longe da detestável presença de Tobias Snape, seu pai, e da horrível casa de Spinner's End. A única coisa que lamentava era deixar para trás sua mãe, Eilleen, entregue ao mau gênio de seu marido.

Apesar de ser uma criatura de natureza seca e pouco dada a demonstrações de afeto, Eilleen Snape era, a sua própria maneira, uma boa mãe. Defendia o filho da fúria constante do irascível Tobias, especialmente quando o pequeno Severus praticava algum ato de magia involuntário. Depois, levava o filho até o acanhado quarto que o garoto ocupava e abraçava-o de maneira rápida e um pouco seca, e afirmava, orgulhosa:

- Você será um bruxo sensacional, meu filho... poderoso, e ainda será um dos grandes... superará as dificuldades, você vai ver...

Agora, com seu malão pronto, repleto das roupas e materiais de segunda mão que sua mãe esforçara-se por juntar dinheiro para comprar, o garoto terminava de vestir-se, aprontando-se para ir até a estação. Do andar de baixo da casa, chegava o som de uma discussão, o mais comum dos sons naquele lugar, que podia ser chamado de tudo, menos de lar.

Sua mãe não iria acompanha-lo até a estação, mas instruíra-o sobre como alcançar a plataforma 9e3/4. Seu pai de maneira alguma iria para ver o filho embarcar para Hogwarts, que ele considerava um desperdício de tempo e de dinheiro. O garoto teria que pegar o metrô sozinho para alcançar a estação de King's Cross.

Seria um bom treinamento, pois alguma premonição profundamente enraizada no âmago da alma do garoto dizia-lhe que ele teria que se acostumar a fazer as coisas sozinho. Sempre.

OoooooooooOOoooooooooO

Dentro do trem foi fácil achar uma cabine vazia. Ainda era cedo quando ele chegara, poucos alunos já estavam por ali. Escolheu um vagão e entrou em uma cabine onde batia um raiozinho solitário de sol. Acomodou sua bagagem e sentou-se à janela, observando os alunos e suas famílias despedindo-se, na estação. Ele gostaria de ser um desses garotos... mas, por algum motivo obscuro, os deuses acharam por bem larga-lo naquela família desconjuntada, sem carinho, sem apoio. Talvez para faze-lo forte e independente para algum futuro desconhecido e sombrio. Porque seu futuro não seria sombrio, se toda sua vida o fora?

Em seguida um garoto franzino e alourado, pálido e parecendo um pouco adoentado perguntou se podia ocupar a cabina com ele. Severus assentiu, sem olhar muito o garoto, que usava vestes bruxas largas para seu corpo magrinho. Ele foi até a janela e acenou para um casal em vestes largas, de expressão entristecida e profundamente preocupada, que acenou de volta. O garoto sentou-se e soltou um suspiro profundo, esfregando os olhos emoldurados por olheiras fundas. Severus espiava os movimentos dele com o canto dos olhos, e viu quando ele puxou um livro de transfiguração de uma mochila gasta, que trouxera junto com a mala, e enfiou a cara entre as páginas amareladas.

Severus mergulhou de novo na contemplação das famílias despedindo-se na plataforma, e nem virou para a porta ao ouvir uma voz com um acento risonho anunciar-se.

- Olá, algum problema em ficar aqui?

- Fique à vontade. – ele ouviu o garoto magrinho responder, e ouviu o rumor do recém-chegado ajeitando a bagagem e acomodando-se ao lado do outro – Eu sou Remus Lupin. E você?

- Sirius Black, muito prazer. – novamente a voz com um acento divertido e uma nota clara de sorriso – E você?

Severus virou-se ao ouvir a voz amigável, e ficou chocado ao deparar-se com um sorriso genuíno, o primeiro sorriso aberto e franco que ele jamais recebera em toda vida. Tentando dar firmeza a voz, respondeu baixo.

- Severus Snape.

Nobody knows it
But you've got a secret smile
And you use it only for me
So use it and prove it
Remove this whirling sadness
I'm Losing, I'm bluesing
But you can save me from madness


Um sorriso verdadeiro, genuíno, cheio de um calor humano como o garoto jamais vira dirigido a si. Encarou o outro com firmeza enquanto ele balbuciava um "prazer em conhecer" que parecia quase tímido. Quase. O ar naturalmente maroto do sorriso o traía.

Voltou ligeiro o olhar para a janela, tentando esconder seu embaraço diante do sorriso do outro, e da reação emocional que ele provocara. Jamais alguém sorrira para ele de forma tão abertamente carinhosa, simpática, afeita. A si só eram dirigidos os sorrisos sarcásticos e sádicos do pai, ou os raros sorrisos tristes e secos da mãe. Ver alguém parecendo demonstrar alegria ao sorrir para ele era uma experiência nova. Quem se interessaria pelo garoto magrelo e feio, constantemente espancado pelo pai por ser "um maldito esquisito como a vaca da mãe". A única coisa que segurara sua sanidade durante toda a infância fora a perspectiva de, um dia, deixar o domínio do pai, ver-se livre da presença odiosa dele e da vida mesquinha em Spinner's End, e conhecer pessoas maravilhosas na Escola de sonhos que sua mãe afirmava que iria freqüentar.

Olhando para a paisagem que corria através da janela, Severus pensava em como teria sido a vida do dono daquele sorriso. Ele trajava vestes bruxas de boa qualidade, talhadas com perfeição. Sorria com facilidade e doçura, em suma, parecia o filho feliz de uma família abastada. Seu outro companheiro de cabine, que mergulhara de novo no livro, também usava vestes bruxas, mas eram tão surradas quanto suas próprias roupas, e ele tinha um ar triste e adoentado, tão pálido quanto ele mesmo. Parecia simpático, mas seu sorriso doce sumia diante do brilho ofuscante do sorriso do moreno de olhos azulados.

Passou um tempo mergulhado em pensamentos, os olhos absortos na paisagem diferente, que corria com velocidade ao lado do trem, até ouvir um burburinho e uma voz suave de mulher, anunciando.

- Lanches, lanches! Quem vai querer uma guloseima?

Seus companheiros de cabine ergueram-se e foram até a porta, para receber o carrinho de lanches, mas Severus permaneceu no mesmo lugar. Embora sentisse fome, não tinha dinheiro para comprar nem mesmo um chiclete, que dirá algum dos caros e exóticos doces que o carrinho com certeza vendia. Com o canto dos olhos, viu quando Sirius sentou-se, alcançando algumas das dezenas de gulodices que comprara para Remus sem dizer uma palavra. Viu o outro sorrir constrangido enquanto aceitava, mas continuou voltado para a janela, mergulhado na paisagem e em seus pensamentos tristes, até que uma voz tirou-lhe de seus devaneios.

- Ei, Snape – Severus olhou para o moreno, e ficou sem fôlego ao ver o sorriso brilhante e francamente amistoso do outro – Pega alguma coisa, aí – viu na mão que o outro lhe oferecia um sapo de chocolate, dois bolos de caldeirão e uma varinha de alcaçuz.

Severus arregalou de leve os olhos e comprimiu os lábios, ao ver a gentileza do outro, repartindo algo com ele, um desconhecido. Sentiu uma ardência nas maçãs do rosto, e teve certeza de que estava corando. Agradeceu em voz muito baixa, enquanto pegava os doces.

- Obrigado...

O sorriso do outro aumentou ainda mais, e Severus não pode deixar de sentir-se encantado com a beleza daquele sorriso que parecia crescer a cada gesto dele. Sirius começou uma conversa boba sobre a paisagem e o que os três esperavam da escola. O garoto praticamente falava sozinho. Remus fazia uma que outra observação ocasional, e Severus só conseguia assentir com a cabeça ou murmurar alguma coisa, tão constrangido estava com o olhar insistente de Sirius sobre si, e tão enlevado estava com a contemplação do sorriso do outro, que parecia aumentar ao notar seu desconforto.

O resto da tarde passou célere com a conversa leve e descontraída que os garotos conseguiram manter, graças aos esforços de Sirius. Severus pensava que seria muito bom se sua vida, a partir de agora, fosse sempre assim, com presenças amigas capazes de lhe deixar tão relaxado, tão aberto. Em especial se tivesse sempre a presença do sorriso belo daquele moreno.

A noite foi chegando, e eles foram informados de que a Estação de Hogsmeade estava perto. Os três garotos pegaram os malões e puxaram as vestes da escola, vestindo-as. Severus notou o constrangimento de Sirius ao ver as surradas vestes de segunda mão que os dois usavam, em comparação as vestes bem talhadas e reluzentes que trajava. Severus viu Remus sorrir, encorajando Sirius a ficar a vontade, mas algum instinto profundamente enraizado nele fê-lo lançar um olhar desafiador aos olhos azuis do outro. Qual não foi sua surpresa ao ter seu olhar duro retribuído por outro daqueles sorrisos belos.

- Porque você não prende os cabelos, Snape? Ia ficar melhor com as vestes, sabe? – Severus sentiu o coração disparar com o comentário, feito num tom falsamente inocente. Deu de ombros e tirou do bolso do jeans, que mantivera por baixo da veste negra da escola, um elástico, e prendeu com ele os cabelos negros e lisos em um rabo de cavalo baixo. Sirius continuou a sorrir, parecendo admirar o efeito do penteado.

Nobody knows it
But you've got a secret smile
And you use it only for me
So save me, I'm waiting
I'm needing, hear me pleading
And soothe me, improve me
I'm grieving, I'm barely believing now, now

A locomotiva foi desacelerando, resfolegando, e os três garotos foram tirando seus malões do bagageiro, preparando-se para desembarcar.

- Em que casa vocês acham que ficarão? – quis saber Sirius

- Eu devo ficar na Grifinória ou na Corvinal – Remus falou – São as casas dos meus pais, sabe? E vocês?

Eilleen nunca tivera paciência de explicar ao filho como funcionava a separação de casas em Hogwarts, e Severus nem mesmo sabia os nomes. Deu de ombros, indiferente, e viu o sorriso de Sirius assumir um ar um tanto melancólico.

- Se eu não ficar na Sonserina, minha mãe é capaz de me deserdar. – ele falou - A família Black tem sido sonserina há gerações, eles prezam muito isso. Minha prima Andrômeda foi corvinal, e a mãe dela quase teve um ataque...

Severus estranhou a atitude da família de Sirius, mas como ainda não conhecia bem o funcionamento da sociedade bruxa, preferiu abster-se de comentários. Quando o trem parou completamente, os garotos arrastaram os pesados malões para fora do vagão, e viram um homem enorme, de cabelos desgrenhados e olhos negros, que chamava os alunos do primeiro ano com um lampião do tamanho de um holofote. Severus ouviu então uma voz atrás deles chamar Sirius, e ao virar-se deparou-se com um rapaz baixinho e magricela, de cabelos espetados em todas as direções, acompanhados de um loiro gordinho, de ar um tanto sorrateiro.

- Ei, Black! Vem dividir um bote com a gente!

Severus sentiu um certo aperto no peito, pensando que já deveria estar acostumado com esse tipo de coisa... Nada de bom parava muito tempo na vida dele; ele nascera apenas para ter tristezas e decepções. Mas o moreno sorriu novamente com um ar de desculpa, enquanto Remus já se encaminhava para outro barco.

- Desculpe, gente, mas eu tinha prometido pra eles que íamos dividir um barco... Nos vemos mais tarde, Lupin! – ele gritou para o garoto que já se afastava para sentar-se em um barco com outras duas garotas, e que abanou alegremente, despedindo-se.

Severus virou as costas e resolveu afastar-se de uma vez, para sentir menos, quando ouviu a voz de Sirius novamente.

- Ei, Snape! – ele voltou-se, encarando o outro com um olhar fixo e um tanto inexpressivo.. – Vejo você lá dentro, também... e espero que a gente fique na mesma casa. – Severus sentiu algo aquecer-se e amolecer dentro dele com a declaração simples mas afetuosa, e teve certeza que, de alguma forma, isso tinha transparecido em sua face, porque Sirius sorriu de novo daquela maneira especial e afastou-se, indo encontrar-se com os outros garotos.

Pela primeira vez na vida ele sentia-se, de algum modo, querido e especial. Sabia que aquele sorriso caloroso era só seu, que o moreno de olhos azuis até poderia sorrir de maneira igualmente bela para outras pessoas, mas que aquele sorriso era algo reservado apenas para ele, não importasse o que a vida viesse a fazer com as vidas dos dois.

When you are flying around and around the world
And I'm lying alonely
I know there's something sacred and free reserved
And received by me only

domingo, 26 de maio de 2013

Lançamento: Aijin

Ciao!!

Primeiramente desejo melhoras para nossa querida Kitchan, que nem pode postar a fanfic semanal, e para a linda Videl-chan por também estar doente. Todo mundo está ficando doente por aqui, omg! E a fofa da Juka ainda não postou por estar ocupada com a mudança, mas logo ela virá.

Hoje estou trazendo para você o mangá Aijin, em parceria com o Sinful Project.

Uma boa leitura a todos!





Autor: NISHIMURA Shuuko
Ano de Publicação: 2007
Gênero: Drama, Romance, Yaoi
Scan: Sinful Project
Volumes: 1 volume
Status Scan: Finalizado
Descrição: "Por favor, deixa-me ser seu amante". A fim de salvar o Okanoue Shopping Center e ajudar seu irmão a continuar com seu sonho de ser um violinista, Akira, o dono do Sudou Frutas e Vegetais, decide se tornar o amante de um empresário de uma companhia. Sem o conhecimento de que seu amante é Motoya, o neto do dono e que participa da divisão que está preparada para comprar o Okanoue Shopping Center. Pode a relação deles suportar a verdade?

Volume 1

Capítulo 1 - [link 1] [link 2]
Capítulo 2 - [link 1] [link 2]
                                                                                     Capítulo 3 - [link 1] [link 2]
                                                                                     Capítulo 4 - [link 1] [link 2]
                                                                                     Capítulo 5 - [link 1] [link 2]
                                                                                      Capítulo Extra - [link 1] [link 2]

sábado, 18 de maio de 2013

Lançamento: Ai no Kotoba mo Shiranaide

Ciao! Kero aqui.

Que lindo gente.. Meu primeiro post aqui desde a mudança do blog! Sou também administradora e ajudo no webdesign (adoro mexer com isso). Tudo graças a linda da Videl ♥ 

E começo já trazendo coisa boa.. O lançamento de Ai no Kotoba mo Shiranaide, em parceria com o Sinful Project
Recomendo darem uma olhada nesse mangá. São duas histórias em uma.

Boa leitura!





Autor: HONJOU Rie
Ano de Publicação: 2008
Gênero: Comédia, Drama, Romance, Escolar, Yaoi
Scan: Sinful Project
Volumes: 1 volume
Status Scan: Finalizado
Descrição: Kojima, o vice-presidente do corpo estudantil, sempre se empenha para ficar em 1º lugar na escola. Ele normalmente se dá bem com o despreocupado Kurata. Até que um dia Kojima bate e força Kurata a fazer sexo com ele. Então começa o sadomasoquismo... ou isso é amor?
Volume 1

Capítulo 1 - [link 1] [link 2]
Capítulo 2 - [link 1] [link 2]
Capítulo 3 - [link 1] [link 2]
Capítulo 4 - [link 1] [link 2]
Capítulo 5 - [link 1] [link 2]




quarta-feira, 15 de maio de 2013

FANFIC DA SEMANA!

Konnichiwa, Kitchan desu! \o/

Então, caros fujoshis, esta semana temos uma pequena peça Snack, pre-Slash, de Harry Potter, contando como Sirius Black, ao embarcar no trem para seu primeiro ano em Hogwarts, depara-se com um par de olhos negros que ficará gravado em sua mente... Songfic/Gift-fic para minha irmazinha Inu-cha. SS/SB.
Enjoy \o/





OJOS ASÍ

Ayer conocí un cielo sin sol
y un hombre sin suelo
un santo en prisión
y una canción triste sin dueño 


Sirius Black odiava sair a público com sua mãe. Mas não houve como evitar, afinal, ele era o primogênito da Mui Antiga e Nobre Casa dos Black, e hoje era o seu primeiro dia na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Naquele dia, a Mansão Black amanheceu em polvorosa. A Sra. Black dava ordens aos elfos aos gritos e, eventualmente, pontapés. Kreacher, o elfo pessoal da matriarca, descia as escadas curvado ao peso enorme do malão de Sirius, deixando tudo pronto para o transporte via chave de portal até a estação de King's Cross, onde o garoto pegaria o Expresso que o levaria até o castelo da escola. Sentado em seu quarto, Sirius tentava controlar as batidas desesperadas de seu coração. Não sabia porque essa repulsa instintiva por sua família. Ele não conseguia se sentir parte da família Black... e sua vida era tão isolada de outras famílias! Seus únicos companheiros de brincadeiras durante a infância foram seu pequeno irmão Regulus e suas detestáveis primas Bellatrix e Narcissa, duas garotinhas insuportáveis que se achavam pequenas beldades bruxas. A única de quem ele gostava era sua prima Andrômeda, alguns anos mais velha que ele, e que já estava em Hogwarts. A família inteira comentara a vergonha que era uma Black de pura linhagem ter caído em Corvinal. Toda a família pertencera à Sonserina.

Ao pensar na seleção, o estômago de Sirius deu uma cambalhota. Sua mãe iria ficar mais irritada ainda se ele não caísse em Sonserina... e então ele iria pagar seus pecados durante as férias...

- Sirius! Está na hora, menino, desça! – Ele ouviu a voz irritante e altiva de sua mãe chamá-lo. Pegou a gaiola de sua coruja Gawain e desceu para tomar a chave de portal que o levaria até King's Cross.

OoooooooooOOoooooooooO

- E pelo amor de Salazar, Sirius, certifique-se de que suas amizades vêm de famílias de Sangue Puro! – a Sra. Black dizia, enquanto despedia-se altivamente do filho nos degraus do expresso.

- Sim, Mãe. Adeus! - ele içou o malão e a gaiola escada acima, enquanto ouvia a voz da mãe.

- Vejo você no Natal, Sirius.

O garoto respirou fundo ao se ver livre da presença incômoda da matriarca. Arrastou o malão pelo corredor, olhando dentro das cabines. A primeira onde botou a cabeça para espiar tinha dois rapazes e duas garotas sentados. Um dos rapazes era pequeno e gordinho, de cabelos loiros ralos e um arzinho ratinheiro em torno do nariz. O outro era magrinho e um pouco baixo, de cabelos espetados para todos os lados possíveis e olhos castanho-esverdeados risonhos. Uma das meninas era loira, de rosto redondo e meigo e olhos claros, enquanto a outra era baixinha, com cabelos ruivos flamejantes e profundos olhos verdes, mergulhados na leitura do que pareceu a Sirius uma revista trouxa.

- Desculpe, já vi que está cheio... – ele murmurou.

- Desculpa, companheiro... quem sabe a gente pode dividir um barco depois? – o garoto de cabelos espetados sorriu – Eu sou James Potter. Esse aqui é o Peter, Peter Pettigrew.

- Sirius Black. – o garoto abriu um sorriso, capaz de iluminar uma sala inteira, que imediatamente conquistou a amizade dos garotos. – Olá, meninas, e vocês quem são?

- Lily Evans. – a ruivinha de ar enfezado respondeu.

- Alice Stenson – a loirinha sorriu – Você é parente da Andrômeda? Ela é amiga do meu irmão mais velho...

- Andie é minha prima. A favorita. – "e única que eu suporto", pensou, sorrindo de lado – Bom, vou procurar uma cabine desocupada. Até a chegada.

Sirius avançou até a próxima cabine, olhando pelo vidro da porta antes de arriscar-se a entrar. Viu dois meninos, um vestido em vestes largas para seu corpo franzino, de cabelos alourados e com o rosto afundado em um livro de transfiguração. O outro vestido em roupas trouxas completamente pretas, uma camisa abotoada até o pescoço e uma calça um pouco curta para seu tamanho, que tinha o rosto voltado para a janela, observando a estação. Entrou na cabine e abriu o sorriso maroto.

- Olá, algum problema em ficar aqui?

O garoto loiro levantou o rosto do livro, mostrando ter doces olhos cor-de-mel emoldurados por olheiras profundas e uma palidez cansada.

- Fique à vontade. – Sirius acomodou seu malão e a gaiola e sentou-se ao lado do menino – Eu sou Remus Lupin. E você?

- Sirius Black, muito prazer. – olhou para o perfil voltado para a janela e viu um rosto doentiamente pálido, de nariz aquilino e boca fina, de traços amargurados, estranhos em alguém tão jovem, emoldurados por uma cortina de cabelos negros, que ele usava para esconder o rosto – E você?

O garoto sobressaltou-se ao ouvir a voz, dirigida a ele de maneira amigável, e voltou-se para Sirius, encarando-o firme e falando em voz baixa e um pouco rouca.

- Severus Snape.

ya he ya he ya la he
y conocí tus ojos negros
ya he ya he ya la he
y ahora si que no
puedo vivir sin ellos yo 



Sirius chegou a sentir um baque físico ao encarar os olhos do garoto. Dois abismos de escuridão insondável olhavam para ele de forma inescrutável, indecifrável. Sirius achava que, se olhasse demais para aquelas profundezas negras, acabaria por perder-se, afogar-se naquele mar escuro e impenetrável, que não parecia transmitir pensamento nenhum. Era um vazio bastante assustador em alguém tão jovem, mas ao mesmo tempo era perigosamente atraente, como o canto de uma sereia, que atrai com doçura e acaba por ser a perdição.

Todos esses pensamentos correram no átimo de segundo enquanto Sirius encarava os olhos do garoto e murmurava um "prazer em conhecer".

O menino de olhos negros voltou a olhar pela janela, para a estação de King's Cross que ficava para trás enquanto o trem arrancava. Remus voltou a mergulhar na leitura do livro, e Sirius contentou-se em ficar disfarçadamente espiando o garoto moreno, tentando adivinhar-lhe a história por trás do rosto pálido e dos olhos impressionantes. O tempo foi passando até que a bruxa do carrinho do lanche chegou até a cabine deles. Remus comprou apenas uma varinha de alcaçuz, Sirius comprou um pouco de cada coisa, além de pilhas de bolos de caldeirão, e Severus simplesmente ignorou a velha senhora.

Sirius sentou-se novamente ao lado de Remus, silenciosamente alcançando algumas guloseimas para ele, que aceitou sorrindo, um pouco envergonhado. Severus continuava olhando pela janela, para a paisagem verde banhada pelo sol de setembro, e ignorou o garoto, até ouvir-lhe a voz.

- Ei, Snape – o garoto de olhos negros olhou-o, e quase perdeu o fôlego ao ver o sorriso brilhante e francamente amistoso do outro – Pega alguma coisa, aí – estendeu na mão um sapo de chocolate, dois bolos de caldeirão e uma varinha de alcaçuz.

O garoto arregalou de leve as orbes negras e comprimiu os lábios, um rosado suave, quase invisível, cobrindo-lhe o rosto. Pegou as guloseimas que o outro lhe oferecia com o belo sorriso e agradeceu em voz muito baixa.

- Obrigado...

Sirius sorriu mais ainda, satisfeito com esse primeiro e tímido sinal de amizade, e entabulou uma conversa boba sobre a paisagem e o que eles esperavam de Hogwarts, sem em nenhum momento deixar os olhos negros do garoto sentado diante dele. Bom, conversa era exagero; Sirius praticamente monologava, sendo acompanhado por ocasionais comentários de Remus e manifestações monossilábicas e acenos de cabeça de Severus, que se mostrava claramente desconfortável com o olhar insistente e o sorriso belo do outro. Sirius não pôde deixar de ficar levemente satisfeito com isso

le pido al cielo solo un deseo
que en tus ojos yo pueda vivir
he recorrido ya el mundo entero
y una cosa te vengo a decir
viaje de Bahrein hasta Beirut
fui desde el Norte hasta el polo sur
y no encontré ojos así
como los que tienes tú 

A tarde avançou rápida em meio a conversação leve e um pouco infantil dos três garotos, pontuadas pela gargalhada breve e retumbante de Sirius, as risadas afogadas de Remus e o meio sorriso de Severus. A cada vez que o garoto sorria, Sirius notava um brilho divertido acender-se no fundo daqueles olhos negros, como uma estrela que se acendesse solitária em pleno negror do céu da meia-noite. Mais belos ainda ficavam aqueles olhos negros iluminados por aquele brilho fugaz de alegria. Mais belos que os olhos, também negros, de sua prima Bella, infinitamente mais belos que o azul profundo dos olhos da prima Cissy, e muito, muito mais bonito do que o cinzento-azulado dos seus próprios olhos, eram olhos como Sirius jamais vira em toda sua vida.

Com o anoitecer foi chegando também a estação de Hogsmeade. Os três garotos mudaram de roupa, e Sirius ficou constrangido ao ver as gastas vestes de segunda mão dos companheiros de cabine, em comparação as suas vestes brilhando de novas. Remus deu-lhe um sorriso encorajador, e o olhar de Severus parecia desafia-lo a falar algo desabonador com relação as suas vestes. Mas Sirius apenas encarou as orbes negras que o enfeitiçavam e sorriu, encantador.

- Porque você não prende os cabelos, Snape? Ia ficar melhor com as vestes, sabe? – o garoto conseguira dar ao comentário um tom de conselho desintencionado. Severus deu de ombros e puxou um elástico do bolso do jeans preto, prendendo os cabelos lisos em um rabo de cavalo baixo, deixando mais a mostra o rosto magro de traços marcados e melancólicos, onde o brilho dos olhos se destacava.

ya he ya he ya la he
y vi pasar tus ojos negros
ya he ya he ya la he
y ahora si que no
puedo vivir sin ellos yo 


O trem parou resfolegando, e os garotos começaram a tirar seus malões do bagageiro.

- Em que casa vocês acham que ficarão?

- Eu devo ficar na Grifinória ou na Corvinal – Remus falou – São as casas dos meus pais, sabe? E vocês?

Severus deu de ombros, indiferente. Sirius sorriu um pouco melancólico.

- Se eu não ficar na Sonserina, minha mãe é capaz de me deserdar. A família Black tem sido sonserina há gerações, eles prezam muito isso. Minha prima Andrômeda foi corvinal, e a mãe dela quase teve um ataque...

Os garotos, arrastando atrás de si os pesados malões de madeira, deixaram o trem à luz da lua, deparando-se com um homem enorme, de cabelos desgrenhados e olhos negros, que chamava os alunos do primeiro ano com um lampião do tamanho de um holofote. Sirius ouviu a voz do garoto que conhecera na outra cabine chamá-lo.

- Ei, Black! Vem dividir um bote com a gente!

Sorriu, desculpando-se com os dois companheiros de cabine.

- Desculpe, gente, mas eu tinha prometido pra eles que íamos dividir um barco... Nos vemos mais tarde, Lupin! – gritou Sirius para Remus, que já se afastava para sentar-se em um barco já ocupado pela ruiva invocadinha e sua amiga loira, e que abanou alegremente, despedindo-se.

Severus já ia afastando-se, quando Sirius chamou-o.

- Ei, Snape! – ele virou os olhos negros em direção ao outro, novamente com aquela expressão impenetrável. – Vejo você lá dentro, também... e espero que a gente fique na mesma casa. – viu um brilho um pouco mais morno chamejar por um momento nos olhos do outro e sorriu, virando as costas e indo em direção aos rapazes, que já o esperavam em um barco.

Trazia gravada no fundo da mente a visão daqueles incomparáveis olhos negros. Um dia ainda descobriria o mistério que jazia por trás daqueles abismos de escuridão, que os fazia tão frios e desinteressados da vida. E ainda conseguiria arrancar novamente um chamejar de contentamento genuíno daqueles olhos únicos, olhos como ele jamais veria outros iguais...

le pido al cielo solo un deseo
que en tus ojos yo pueda vivir
he recorrido ya el mundo entero
y una cosa te vengo a decir
viaje de Bahrein hasta Beirut
fui desde el Norte hasta el polo sur
y no encontré ojos así
como los que tienes tú 

sábado, 11 de maio de 2013

Lançamento!!!!! Ai no gebokutachi


Lançamento especial!

Ciaossu  o/
Videl-chan de volta ^^

Como prometi no último post, em parceria com o Sinful Projec, estaremos disponibilizando alguns dos seus mangás para download !


E o mangá escolhido é o Ai no Gebokutachi. (imagem feita especialmente pela Kero-chan!)

Espero que gostem. Este é um dos meus favoritos ^^







Autor: SAKURAI Shushushu
Ano de Publicação: 2007

Gênero: Yaoi, Lemon
Scan: Sinful Project
Volumes: 1 volume
Status Scan: Finalizado
Descrição: Keigo e Gunji são homens um tanto teimosos e orgulhosos que não percebem o amor mútuo que sentem um pelo outro. Anos mais tarde, por coincidência do destino acabam se tornando vizinhos. E ambos divorciados e com um filho.
Será que eles vão chegar a um acordo com seus sentimentos um pelo outro?


Volume 1 Completo - [ link 1] [ link 2]

quarta-feira, 8 de maio de 2013

FANFIC DA SEMANA \o/

Konichiwa! Kitchan desu \o/

Aqui estou eu, com a minha, a sua, a nossa FANFIC DA SEMANA *fanfarras e tambores*

Nesta semana, uma fic que escrevi de presente para minha irmã Inu-chan, a.k.a. Arween Granger. É uma songfic, de Saint Seiya, shipper Mu x Shaka, passada antes da batalha do Santuario na saga das doze casas.
Enjoy \o/



AONDE QUER QUE EU VÁ

Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar

- Vamos depressa com isso, Kiki!
- Já estou indo, mestre Mú!
Mú suspirou e tirou uma mecha lavanda da frente dos olhos, terminando de fechar a mala. Ele sentia o coração apertado e triste. Olhou para a urna da armadura e sorriu amargurado. Depois de nove anos, voltaria para aquele lugar que tanto o fizera sofrer. Voltaria para o lugar aonde tinham assassinado seu mestre, e de onde ele tinha sido banido. Voltaria para Athenas. Voltaria para o Santuário.
- Está aqui, mestre.
O garotinho de cabelos cor de fogo estendeu uma maleta dourada ao mestre, um ar preocupado nos olhos azulados. Dentro da maleta, as ferramentas sagradas do armeiro, feitas de minério vindo dos meteoros. E acondicionado com muito cuidado, o preciosíssimo pó de estrelas, essencial para a restauração da armaduras.
- Mestre Mú... Porque não passamos a noite aqui em Jamiel? Assim, partiremos com mais tranqüilidade amanhã... Já é muito tarde.
- Acho que você tem razão, Kiki. Vamos passar essa noite aqui... minha última noite no meu lar. A partir de amanhã deixarei de ser Mú de Jamiel... e voltarei a ser Mú de Áries. – ele falou essas palavras num tom baixo e triste. Kiki murmurou um "boa noite, mestre" e saiu. Sabia quando Seu mestre precisava ficar sozinho.
Mú jogou-se na cama, olhando para o teto. Não estava comnpletamente satisfeito em voltar. Mas era preciso ajudar Shiryu e os demais Cavaleiros de Bronze a eliminarem o mal que tomara conta do Santuário, era preciso mostrar que Saori Kido era a reencarnação de Athena, provar a inocência de Aioros e a culpa de Ares. E, além de tudo isso, havia ele...
Mú hesitava em confessar a si mesmo o principal motivo que o movia. Lembrou um certo par de olhos azuis, raramente visto, em um rosto oval e delicado, os cabelos loiros e muito lisos, o riso suave. Recordou a conversa que tivera com o Mestre Ancião, Dohko de Libra, por ocasião de sua ida aos Cinco Picos de Rozan.
- Sim, ele ainda está lá, Mú... e continua o mesmo, segundo eu soube, he, he, he... sempre calado e sozinho...
Mas Mú tinha uma lembrança diferente dele... um rapazinho alegre e um pouquinho travesso, que gostava mais dos recantos tranqüilos do bosque de oliveiras do que da barulhenta arena de treinos, seu único e melhor amigo, seu confidente.
Fechou os olhos, tentando resgatar a beleza daqueles olhos azuis, o brilho de ouro do cabelo, o som cristalino da voz.
Nove anos... ele devia estar mais belo do que Mú lembrava... o cavaleiro de Áries pôs-se a imaginar o reencontro com aquele que sempre admirara e amara secretamente, a tentar sentir o calor do cosmo do outro e imaginar o sabor dos lábios rosados.
Pegou no sono, com o nome dele nos lábios.
- Shaka...

Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar

Na cozinha da casa de Virgem, Shaka aquecia água para o chá e pensava.
Seria verdade o que Máscara da Morte lhe dissera mais cedo? Será que ele estaria a caminho do Santuário, mesmo tendo sido banido nove anos antes? E em apoio aos traidores de bronze?
Ele franziu a testa, uma sensação esquisita no peito. Havia algo de estranho nessa súbita traição dos Cavaleiros de Bronze. Ele sentira uma nota dissonante na voz do Grande Mestre ao contar a história aos Cavaleiros de Ouro que permaneciam no Santuário. E porque aquela recusa obstinada em deixar Aioria ter uma audiência com Athena?
Sentiu-se mal ao lembrar da briga que tivera com o cavaleiro de Leão. Ele era um grande guerreiro e um bom amigo, apesar de ser irmão de quem era. Mas, mesmo depois de 13 anos, era difícil acreditar que Aioros se rebelara ao ponto de tentar matar Athena! Aioros era bom e leal... Sua atitude ainda era um mistério para todos. Assim como a morte de Shion.
Era impossível para Shaka lembrar de Shion e não lembrar novamente dele. Ele sempre fora seu melhor amigo, praticamente o único! Era o único que o entendia, que compreendia como ele se sentia. Lembrou das tardes que os dois passaram treinando juntos na beira do lago, longe dos outros aprendizes, Shaka meditando e aprendendo a concentrar seu cosmo, Mú desenvolvendo sua telecinese, às vezes fazendo uma chuva de flores cair sobre o amigo. Arrancando-lhe gostosas risadas.
Mú... ele sempre gostara do cavaleiro de Áries de um jeito especial, intenso. Pensar no antigo amigo fazia o coração dele bater de um jeito descontrolado. Mú era tão doce, e tão bonito... Shaka sempre se encantar com os cabelos lavanda e os olhos incrivelmente violetas, as pintas características dos Arianos na testa, o rosto arredondado. Recordou o jeito tranqüilo dele, aquela serenidade contagiante, capaz de acalmar até mesmo o estourado Milo. Seu melhor amigo, seu primeiro e único amor.
A água ferveu. Shaka preparou o aromático chá de jasmim e foi tomá-lo na sala, sobre as grandes almofadas vermelhas, ainda pensando naquele grande par de olhos violetas. Tomou o chá em pequenos goles. Mas quase derrubou a xícara ao ouvir claramente uma voz chamar com doçura seu nome.
- Shaka...
Ele reconheceu a voz. Estava amadurecida e mais grave, mas ainda guardava aquela serenidade, aquela meiguice característica. Mú chamava seu nome.
Terminou seu chá, um pouco contrariado e ainda sentindo-se estranho, e colocou-se em posição de Lótus, pronto a passar a noite em profunda meditação. Mas, inconscientemente, seu cosmo entrou em sintonia com o cosmo de Mú, buscando-o, encontrando-o e entrelaçando-se com ele. O cavaleiro de Virgem, então, mergulhou em uma espécie de transe, compartilhando dos sonhos do cavaleiro de Áries. Entorpecido, Shaka esboçou um sorriso e suspirou, embevecido.
- Mú...

Longe daqui
Longe de tudo
Os sonhos vão te buscar

Mú acordou com uma sensação maravilhosa, que pouco a pouco foi sendo substituída pela tristeza ao ver onde estava e ao lembrar-se de pra onde iria. Recordou-se, então, do sonho.
Sonhara a noite toda com Shaka. O sonho fora tão vívido que ele sentira a proximidade do cosmo quente e sincero do amigo. Acordara revigorado, mas ao lembrar da possibilidade de uma recepção fria por parte dele o desânimo e o amargor da véspera tomaram conta dele de novo.
Arrastou-se até o banheiro e tomou um longo banho frio. Vestiu as roupas que separara na véspera, fez a última checagem nas malas e foi até o cômodo principal da torre. Kiki tinha ao seu lado a pequena bolsa de viagem, e colocara sobre a mesa baixa de centro um pequeno cesto de frutas, um pedaço de queijo e uma jarra de leite de cabra.
- Busquei há pouco, no mercado próximo ao mosteiro. Coma, mestre Mú, precisamos estar bem alimentados para nos teleportarmos até a Grécia.
- Obrigado, Kiki. – Mú sentou-se em uma das almofadas, servindo-se de um copo de leite e um pedaço de queijo. – Precisarei que você me faça um favor: ao chegarmos, depois que você largar suas coisas, quero que você espere a srta. Saori e os nossos amigos nas escadarias que levam ao Santuário. Não se mostre a eles, apenas observe se terão alguma dificuldade e faça uma análise do estado das armaduras deles. Talvez eu precise restaurá-las antes que eles avancem.
- Sim, mestre.
Terminaram de comer em silêncio, mergulhados em seus próprios pensamentos. Kiki pensava na tristeza do mestre, na melancolia que tomara conta da natureza normalmente alegre e serena dele. O coração infantil estava apertado, mas por mais preocupado que estivesse Kiki não tinha coragem de tentar invadir a mente de Mú e ver o que o deixava tão melancólico.
E Mú?
Mú pensava em Shaka. Tentava resgatar os ternos momentos do sonho, quando tocara com carinho a pele sedosa do rosto do virginiano, entrelaçara os dedos nos fios de ouro dos cabelos dele e bejara com ternura aqueles lábios quentes e rosados. Lembrou da nítida sensação de que o cosmo de Shaka o alcançara e envolvera o seu próprio cosmo, de maneira íntima e afetuosa.
"Ao menos em sonhos posso tocá-lo, meu amigo... estamos tão longe um do outro, não só fisicamente, mas também espiritualmente... estamos em lados opostos de uma guerra...".
Mú ergueu-se, fazendo sinal para que Kiki se preparasse. Usando de telecinese, trouxe as malas e a urna da armadura até a sala. Pôs a armadura nas costas e virou-se para o aprendiz. Kiki colocava dentro da mala o que restara das frutas e do queijo. Ao sentir-se observado, virou-se para o mestre e deu uma grande risada constrangida, coçando a nuca, um tanto envergonhado da sua gulodice.
Áries deu um sorriso, seu primeiro sorriso alegre em dias, e isso desafogou o coração de Kiki. Mú acariciou os cabelos ruivos do garoto e os dois se teleportaram para fora da torre.
- O que acha de darmos uma caminhada até o mosteiro, Kiki, para nos despedirmos do lama Padma? Depois podemos nos teleportar de lá.
Kiki assentiu, achando uma boa idéia dar uma última caminhada pelo lugar que ele sempre chamara de lar. Não sabia quando, nem se, voltaria a Jamiel.
- Então, vamos.
Mú deu uma longa olhada para sua casa e depois voltou-lhe as costas. Não olhou para trás uma vez sequer durante o longo trajeto até o mosteiro. Olhava fixo em frente. No horizonte, tinha a impressão de enxergar dois pontos azuis que brilhavam, chamando-o.

Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar

Ao amanhecer, Shaka foi bruscamente despertado de seu transe, como se um ponto de apoio tivesse sido removido. Sentiu-se vazio e extremamente solitário, e viu que o que lhe fazia falta era a proximidade do cosmo de Mú. Sonhara com ele durante toda a noite.
Enquanto respirava fundo, preparando-se para levantar-se, Shaka pensou no quanto queria que Mú voltasse para o Santuário. Sentia muuita falta de conversar com alguém que tivesse uma alma semelhante à sua, mais tranqüila e não tão ostensivamente combativa quanto a de seus outros companheiros. Era muito fácil sentir-se solitário mesmo estando cercado de gente.
Ele sentiu o ar carregado de expectativa enquanto atravessava o saguão da Casa de Virgem em direção ao banheiro. O ar estava elétrico e um tanto quanto belicoso.
Shaka banhou-se calmamente em água morna. Depois, untou o corpo com óleo de ervas e vestiu uma túnica branca curta. Penteou os cabelos longos para trás, pegou o terço de 108 contas e foi até seu altar particular. Fez uma breve oração a Buda e acendeu um incenso diante da imagem. Agora, sim, sentia-se pronto.
Foi até seu quarto, dirigindo-se ao pedestal de granito onde costumava ficar a urna da armadura. Abriu-a e armou-se, sem, no entanto, vestir o elmo. Colocou-o embaixo do braço e respirou fundo. Foi quando sentiu uma estranha presença na porta da Casa.
Ao ver quem o aguardava ali, o susto foi tamanho que Shaka abriu os olhos.

MSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMSMS


Mú e Kiki materializaram-se diante da casa de Áries. Kiki ficou muito espantado com a imponência do templo que era o primeiro e principal bastião de defesa do Santuário contra ataques externos. Ele seguiu o mestre em silêncio através do saguão, e eles entraram por um corredor na lateral esquerda da Casa.
- Deste lado ficam os quartos e os banheiros – explicou Mú – Na lateral direita ficam a copa, a cozinha, a despensa e a sala de visitas. Mais tarde você pode explorar todo o lugar. Por enquanto, - disse ele, abrindo uma porta – saiba que este é o seu quarto. O meu é o do fim do corredor.
Mú deixou Kiki arrumando suas coisas e foi até seu quarto. Tudo estava limpo e arrumado, graças às servas que atendiam ao Santuário. Próximo da grande cama, o pedestal de pedra clara onde ele deixaria a urna da armadura. Guardou suas coisas com a mesma sensação de tristeza e desespero que sentira em Jamiel. Mas, no fundo, havia também uma sensação de expectativa.
Vestiu a armadura, deixando o elmo sobre a cama. Saiu do quarto a passos largos, gritando ao passar pela porta do quarto do aprendiz.
- Kiki! Fique no templo, vou sair mas já volto!
Dirigiu-se aos fundos do templo e saiu pela porta traseira. Parou no primeiro degrau da escadaria que levava à Casa de Touro e levantou o olhar, divisando ao longe a casa de Virgem. Fechou os olhos e teleportou-se.
Materializou-se na porta da casa de Shaka, e avançou dois passos para dentro da penumbra fresca do saguão. Ouviu, então, um som de passos, e viu uma figura dourada que vinha em sua direção, os cabelos longos balançando pelas costas. Viu quando ele parou de chofre, assustado, e abriu os olhos.
- Mú!
Áries sentiu uma lufada de ar quente envolvê-lo quando o poderoso cosmo de Virgem, concentrado pela privação da visão, liberou-se.
- Oi, Sha.
Houve o choque entre o azul e o violeta quando os olhares se encontraram. Mú aproximou-se devagar de Shaka, querendo dar-lhe um abraço carregado de saudade, mas surpreendeu-se ao Ter os lábios capturados em um beijo.
Os dois entregaram-se ao momento, perdendo-se nos braços um do outro. As bocas devoraram-se, os corpos estreitaram-se, as mãos buscaram e acariciaram fios lilases e dourados. Os lábios do outro eram como fontes de água fresca, e eles sentiam-se como viajantes sedentos que tivessem se perdido no deserto. Separaram-se à revelia e olharam-se nos olhos, profundamente.
- Shaka...
- Pssst... não fala nada, Mú. – disse Shaka, colocando um dedo sobre os lábios de Mú e acariciando-os – senti tanto a sua falta...
Mú beijou com carinho os dedos de Shaka. Foi quando uma trombeta soou alto, fazendo o cavaleiro de Áries sobressaltar-se.
- O alarme contra invasores! – disse ele – Eu tenho que ir, Sha. – ele falou, afastando-se de frente para Virgem, soltando-se aos poucos do corpo quente do outro.
- Então você vai mesmo...
- Ajudar os cavaleiros de Bronze? Vou, sim. Eu sinto muito, Shaka, não queria que estivéssemos em lados opostos nessa batalha.
Um véu de tristeza toldou o olhar de Shaka, e ele cerrou as pálpebras.
- Eu entendo. E espero que você entenda que o meu papel como guardião da Casa de Virgem é impedir a passagem dos seus amigos. – ele falou, com voz triste.
Mú assentiu e virou-se de costas, dirigindo-se a saída com o coração apertado.
- Mú!
- Sim? – já na porta, ele virou-se para olhar para o cavaleiro de Virgem, que parecia resplandecer na penumbra do saguão do Templo.
- Não interessa quem vencerá a Guerra, ou o que acontecerá conosco ao final das batalhas, eu quero que você saiba que eu te levarei pra sempre aqui.- falou ele, pondo a mão direita sobre o peito.

Aonde quer que eu vá,
Aonde quer que eu vá...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Retorno das Atitivades!!!


Após meses e meses sem atualizações, o blog teve uma reforma geral para melhor!
Agora somos 4 a cuidar do nosso amado blog YAOI:

Kitchan

Juka

KitchanLoja hospedagemnew Grátis
KitchanLoja hospedagemnew Grátis
Kero

Videl-chan
 Espero que tenham apreciado o novo visual. 
Novo visual e novas surpresas!!!

Recentemente estamos anunciando nossa parceria com o Sinful Project e o Loveless BR!!!! 
Muitas surpresas serão postadas logo em função das nossas parcerias. 
Por enquanto é Hi-mi-tsu!



E para comemorar essa nova fase, segue algumas imagens de mangás yaois que eu acho lindas *-*
















quarta-feira, 1 de maio de 2013

HAJIMEMASHITE! KITCHAN DESU!

Olá a todos! Sou a nova colaboradora aqui do Paradise Yaoi, podem me chamar de Kitchan!

Sou ficwriter, conhecida no universo das fics como Eowin Symbelmine, e vou postar algumas coisinhas minhas por aqui. ^_^

Vou postar numa base semanal, sempre às quartas-feiras. Uma espécie de coluna fixa

Vamos começar com uma coisinha bem leve e melosinha, okay? Só uma song fic de Harry Potter, Draco x Harry, pra adoçar um pouquinho o feriado de vocês \o/ Allons-y!

DISCLAIMER: "Harry Potter" e seu universo não me pertencem, os direitos autorais cabem a J. K. Rowling (que, diga-se de passagem, tá rica graças a isso... que coisa!)

THE REASON

"I'm not a perfect person 
There're many things I wish I didn't do
But I continue learning
I never meant to do those things to you 
And so I have to say before I go
That I just want you to know 
I've found a reason for me 
To change who I used to be
A reason to start over new
And the reason is you "

Ele fica tão lindo dormindo. Parece que volta a ser criança, o rosto relaxado, o cabelo caindo displicente sobre os olhos fechados, escondendo o brilho verde, fascinante. Tão lindo, e tão... limpo, ele é. Tão diferente de mim, que tenho tantas manchas no meu passado...

Às vezes, quando lembro o quanto eu fui cruel com ele durante quase seis anos, sinto que não mereço esse amor. Eu joguei sujo com Harry durante cinco anos. Sei que ele também não morria de amores por mim naquela época. Mas ele sempre teve um quê de ingenuidade que atenuava as pequenas maldades que ele fazia. Ele nunca teve esse traço intrínseco de malícia e crueldade que faz parte da minha natureza. Meu Harry... tão bom, e às vezes tão bobo!

Acho que, no fundo, eu nunca quis ser tão antagônico ao meu "Menino-que-sobreviveu". Eu sentia um prazer infantil naquelas pequenas maldades (e também nas maiores), mas à noite, na solidão do meu dormitório individual na Sonserina, eu me sentia sujo, e triste. E quando eu finalmente me dei conta dos meus sentimentos por ele, temi que fosse tarde demais, temi que o ódio ao nome "Malfoy" já estivesse enraizado demais na alma do meu amor. Temi que ele me odiasse, e acima de tudo temi que tivesse nojo de mim.

Dumbledore foi um grande apoio na ocasião. Ele abriu os olhos de Harry para a mudança que vinha acontecendo comigo desde que meu pai fora preso e eu fora libertado da influência dele. A única coisa que Dumbledore jamais poderia fazer por mim era revelar a Harry a única razão que eu tinha para começar do zero uma vida nova, mudar o que eu era: ele, Harry Potter, o menino-que-sobreviveu.

Foi tão difícil abrir meu coração para ele, e ouvir o que eu sabia que merecia ouvir: que durante cinco anos eu transformara a vida dele num inferno, então como eu esperava que ele me perdoasse e passasse a me amar de uma hora para outra? A única coisa que alimentou minha esperança foi que, em momento algum, ele mencionou que me odiava, ou mesmo que jamais poderia me amar. Eu acho que a semente da nossa paixão já estava nele antes mesmo de eu me declarar. Só era difícil para ele aceitar e admitir.

Mas eu consegui conquistar a confiança dele aos poucos, me mantendo discreto e retirado, agindo sempre nas sombras. Conquistei a amizade da Granger e do Weasley a muito custo, e só depois disso consegui me aproximar de verdade do meu Harry. Mas depois disso, tudo aconteceu tão rápido!

A morte de Voldemort... o tempo que Harry passara hospitalizado... a batalha final contra os últimos Comensais sobreviventes... contra meu próprio pai. A batalha onde eu matei aquele que me dera a vida para salvar aquele que é minha razão de viver.

Tantas lembranças... Lembranças demais para essa hora da madrugada. É melhor me acomodar junto ao corpo dele para dormir. É bom dormir junto do corpo magro e quente dele, com o rosto afundado nesses cabelos negros sempre irremediavelmente bagunçados, sentindo o cheiro bom deles... Ah, meu Harry, é tão bom ficar aqui com você...

"I'm sorry that I hurt you
It's something I must live with everyday
And all the pain I put you through
I wish that I could take it all away
And be the one who catches all your tears
That's why I need you to hear
I've found a reason for me
To change who I used to be
A reason to start over new 
And the reason is you"

É tão comum acordar assim, com ele me abraçando por trás, tão possessivo, o rosto afundado no meu cabelo, fios negros e prateados se misturando. A respiração dele é morna e compassada. Eu me viro para olhá-lo de frente. Nem dormindo ele perde o ar de autoconfiança e ironia do rosto. Não posso negar que adoro esse ar sarcástico e narcisista do meu Draquinho. Adoro a ponta de ironia nos olhos cinzentos dele, o jeito que me provoca só com o jeito de piscar... Ah, Draco, quanto tempo nós perdemos...

Tantas vezes eu te magoei achando que te odiava, quando na verdade não te compreendia, e tinha inveja da tua autossuficiência. Todas as vezes que te machuquei deliberadamente com palavras, vendo o reflexo da dor nas profundezas cinzentas do teu olhar, veladas pelo sarcasmo e pelo falso ar de superioridade. Eu me achava tão melhor, tão mais bondoso, tão magnânimo. "Santo Potter", como ele costumava dizer nos tempos de Escola, cuspindo as palavras. Todos me achavam tão melhor que ele... Mas ele sempre foi o melhor. Era forte, independente, cruel às vezes, mas sempre soube exatamente onde doía a ferida do ego de cada um. Um dragão, realmente, assustador e poderoso; Lucius soube escolher bem o nome do filho...

Lucius... é um assunto que me dói lembrar. A cena do meu Draco matando o próprio pai, com os olhos endurecidos de dor banhados em lágrimas ainda me assombra as noites. Como posso retribuir um gesto de amor tão grande como o dele? Matar o próprio progenitor, o homem que era seu espelho, seu modelo, para salvar a minha vida... ainda estou tentando descobrir uma maneira de retribuir o amor dele, dia a dia.

É por isso que toda a vez que eu acordo no meio da noite e dou de cara com o rosto pálido do meu amado, os cabelos loiros caídos sobre os olhos fechados, eu agradeço a Merlin por tê-lo posto no meu caminho, pela nossa inimizade inicial, que tanta força nos deu em separado nos momentos difíceis, e que depois mostrou-se apenas como o disfarce da admiração mútua... e do carinho, da ternura, do afeto e, enfim, do amor.

Mas é tarde. Tudo que eu quero é abraçá-lo de frente, e adormecer de novo com o rosto enterrado em seu peito largo, seu rosto fino enterrado em meus cabelos, como todas as noites. Dormir sentindo o cheiro da pele dele direto sob minhas narinas, acariciando as costas dele, até pegar no sono...

"I'm not a perfect person
I never meant to do those things to you
And so I have to say before I go
That I just want you to know
I've found a reason for me
To change who I used to be
A reason to start over new
And the reason is you
"

Quando os primeiros raios de Sol bateram no quarto, Harry e Draco acordaram ao mesmo tempo, abraçados, de frente um para o outro. Draco sorriu ao deparar-se com os olhos verdes sonolentos que piscavam, tentando colocar a visão em foco. O loiro estendeu a mão para a cabeceira da cama e pegou os óculos do amante, entregando-lhe. Harry pôs os óculos e o mundo entrou em foco, em primeiro plano aquele rosto que ele adorava tanto. E os dois tinham apenas um pensamento ao fitarem-se olhos nos olhos e trocarem o primeiro beijo do dia: "Encontrei minha razão de ser".

"I've found a reason to show
A side of me you didn't know
A reason for all that I do
And the reason is you
"